O nível do Rio Madeira está tão baixo em decorrência da estiagem na Amazônia, que ameaça interromper a ligação de Rondônia com o Acre e com o Amazonas, via BR-364 e BR-319, cuja travessia de veículos é feita com o uso de balsas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta terça-feira (31) que a travessia em direção ao Acre, em Abunã, distrito de Porto Velho RO), está muito lenta. Uma das balsas está avariada, existe uma fila de veículos de quase quatro quilômetros e a espera pela travessia chega a demorar até cinco horas.
As manobras do rebocador da balsa tentam evitar os bancos de areia que se formaram no Madeira, mas a situação considerada mais crítica é na balsa que liga a BR-319, entre Porto Velho e Humaitá (AM).
Existem duas balsas encalhadas, lotadas de carretas, num trecho navegável do Madeira, na localidade de Calama, a 20 quilômetros de Porto Velho.
De acordo com a PRF, no ponto de travessia de Abunã, por volta das 23 horas da segunda-feira (30), houve um encalhe de uma das balsas que opera no local, por causa de avarias em seu casco.
O local do encalhe impossibilitava a utilização do embarcador existente, ocasionando a interrupção total da travessia. Mesmo com a utilização de três rebocadores e um pá carregadeira, a retirada somente ocorreu por volta das 9 horas da manhã desta terça-feira.
A balsa avariada conseguiu fazer a travessia com a utilização de uma bomba para a retirada da água que entrava pela fissura existente, porém ficará inoperante até seu conserto.
A PRF informou que a balsa avariada foi substituída por outra de menor porte, o que fez aumentar o tempo de espera para a travessia, que já estava próximo da normalidade.
A situação, na avaliação da PRF, poderá se agravar devido a ultima chuva. O terreno próximo ao embarcador encontra-se encharcado e com possibilidade de formação de atoleiros.
A previsão de finalização da reconstrução de outro embarcador é para acontecer até a sexta-feira. A PRF recomenda o adiamento de viagens terrestres para o Acre.
(Por Altino Machado, Terra Magazine, Amazônia.org.br, 31/08/2010)