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2010-09-01 | Tatianaf

Importantes acordos tomados no 1º Encontro Nacional de Movimentos Contra as Termoelétricas pretendem erguer um movimento nacional unificado para impedir a proliferação deste tipo de indústria energética altamente poluente.

Sob a denominação “Chile Sem Termoelétricas”, organizações sociais e ambientais coordenarão ações de sensibilização da população e buscarão incidir nas políticas públicas em matéria de energia.

O 1º Encontro Nacional de Movimentos Sociais Contra as Termoelétricas, realizado na cidade de Iquique e Chanavayita durante o último fim de semana, teve como resultado uma série de conquistas de grande importância que potencializarão os atuais esforços das comunidades em sua luta contra os desastrosos efeitos dos projetos termoelétricos.

Como primeiro ponto, articulou-se uma figura organizativa que atuará sob o nome de “Chile Sem Termoelétricas”, que contará com uma equipe técnica que dará orientação às comunidades que o desejarem em prol de suas causas legais para se oporem à execução de projetos termoelétricos, considerando o atual panorama em que existem cinco projetos em processo de instalação e 10 esperando por aprovação, dentro da qual se encontra, por exemplo, o maior projeto termoelétrico a carvão da América do Sul: a Termoelétrica Castilla, na III Região de Atacama.

Será, além disso, uma instância de articulação, informação, canalização e mapeamento dos conflitos ambientais e dos atores comunais envolvidos, tomando como base as próprias informações emanadas das organizações sociais e ambientalistas em conflito com termoelétricas.

Será vista a possibilidade de realizar uma moratória das atuais termoelétricas em vias de construção e/ou aprovação e, posterior a isso, a realização de um plebiscito nacional em torno da problemática da suposta “crise energética”, propondo uma paralisação da proliferação das centrais termoelétricas – principalmente as a carvão e diesel – cujos benefícios são quase de exclusividade da grande indústria mineradora, defendendo, por sua vez, a implantação de uma matriz energética limpa e baseada em recursos renováveis.

Por outro lado, ficou estabelecido que dentro de Chile Sem Termoelétricas, se trabalhará para que o papel das ONGs seja exclusivamente de apoio técnico e de assessoramento, evitando desta maneira atuar como porta-vozes das próprias organizações envolvidas, no sentido de visibilizar os afetados diretos e evitar distorções dentro das demandas.

Coordenação Nacional
Na grande maioria das discussões surgiu a necessidade de que as medidas de pressão sobre instâncias governamentais devam ser executadas em bloco e em nível nacional, provocando com isso uma vinculação de todas as comunidades e movimentos que as apóiam, entendendo que este tema em particular “não é um conjunto de problemas isolados, mas que respondem a uma mesma causa e têm efeitos similares sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas, impactando negativamente inclusive as economias das comunidades”, de acordo com Luis Pérez, integrante do Comitê em Defesa do Meio Ambiente de Tarapacá (Codemat).

É por isso que Chile Sem Termoelétricas tem, além disso, como propósito agir como uma coordenação nacional de movimentos contra as termoelétricas, que apóie as decisões que cada comunidade afetada tomar, replicando estas demandas em suas próprias localidades mediante as formas que livremente escolherem (comunicados, manifestações, cartas às autoridades, etc.), tomando em conta a multiplicidade de comunas e cidades que integram esta orgânica que devem atuar em conjunto e em solidariedade.

“Estou muito contente porque a convocação teve uma acolhida muito boa, e porque, sobretudo, sabemos que os companheiros e os irmãos do país vão se apoiar mutuamente para tomar consciência deste grave problema (...) Agora temos em quem nos apoiar”, disse Adriana López, dirigente do Comitê de Defesa do Meio Ambiente de Chanavayita.

Manifestação na enseada Chanavayita
Posterior às conclusões obtidas no último dia deste encontro (sábado, dia 28) realizado na enseada Chanavayita (54 km ao sul de Iquique), se levou a cabo uma marcha pacífica pelas ruas da vila como símbolo de unidade desta nova força que se levanta em defesa da vida.

Entretanto, e como se esperava, no transcurso da marcha vários moradores, a partir de suas casas, protestaram contra a manifestação em uma clara demonstração da divisão social fruto da ação da Mineradora Collahuasi (beneficiada direta da termoelétrica Celta, pertencente à Endesa, situada a cerca de 20 km ao sul da enseada) e que os dirigentes da vila denunciaram diretamente como uma “compra de consciência”.

“Caso a termoelétrica não for instalada, vamos ficar sem eletricidade e sem desenvolvimento (...) aqui nossos filhos têm que estudar e trabalhar, e a mineradora nos ajuda no processo de desenvolvimento”, disse um irado vizinho da enseada, que disse, além disso, “estar consciente” do dano que esta indústria provoca à saúde, que já matou praticamente toda a pesca artesanal do setor.

Próximos passos
Finalmente, ficou estipulada a organização de um novo encontro a nível nacional durante este ano para fortalecer as redes criadas e para onde se espera contar com uma convocação ainda mais ampla.

Além disso, prontamente entrará em funcionamento o sítio na internet [para acessar, clique aqui], onde serão publicadas informações relevantes para os movimentos contrários às termoelétricas e coordenadas ações e jornadas nacionais em conjunto com os demais setores em conflito, ao mesmo tempo que servirá de porta-voz do próprio movimento e dará a conhecer o relatório completo com as conclusões e as medidas que serão tomadas depois deste importante encontro de caráter nacional.

(El Ciudadano, tradução é do Cepat, IHU-Unisinos, 01/09/2010)


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