FAZENDEIRO ACUSA COMPANHIA MINEIRA DE METAIS
2002-05-22
Os debates a respeito dos impactos da exploração de zinco no município de Vazante (MG), pela Companhia Mineira de Metais (CMM), continuam na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados. Ontem os deputados ouviram o fazendeiro Gilberto Barreto, cuja propriedade está na área de extração, fazer algumas acusações contra a CMM. Ele disse que a área onde está acontecendo a exploração, de 91 km², é considerada de alto risco. Uma das conseqüências é o rebaixamento do nível da água dos rios da região, podendo levar à secagem de córregos, poços, açudes e à contaminação do Rio Santa Catarina por metais pesados. Segundo Barreto, estudo da Universidade Federal de Uberlândia comprova a situação alarmante de Vazante. Ele também acusa a CMM de não cumprir as obrigações ambientais e disse que é possível acontecer a secagem de toda a água da região. Na opinião do fazendeiro, a situação é gravíssima. Gilberto Barreto queixou-se ainda da postura da Fundação Estadual de Águas e do Instituto de Águas de Minas Gerais no caso, e afirmou que a CMM não tem licenciamento ambiental para operar naquela região.