Na tentativa de conter a onda de queimadas pelo país, o Ibama divulgou ter aplicado R$ 11,5 milhões em multas no Pará.
Um único proprietário foi multado em R$ 5 milhões, em Santa Maria das Barreiras (sudeste do Estado), depois que a fiscalização encontrou queimada uma área de 683 hectares (um hectare tem 10 mil metros quadrados). Segundo o Ibama, ele não poderá mais utilizar a área.
Outros 13 donos de terras foram multados e tiveram áreas embargadas na região.
Os proprietários podem entrar com recurso. O Ibama reconhece que há um 'índice baixo de pagamento de multas', mas diz que a penalidade é 'um instrumento importante', junto com outras ações. Pecuaristas com áreas embargadas, por exemplo, não conseguem vender carne para grandes frigoríficos, segundo o órgão.
O Pará está entre os Estados mais afetados pelas queimadas, assim como Mato Grosso e Tocantins. Desde a última quinta, o Prevfogo (divisão do Ibama que combate queimadas) tenta controlar focos de incêndio na terra indígena Xikrin do Cateté.
CHUVA
É proibido fazer queimadas em períodos de baixa umidade, ventos fortes e temperaturas altas, porque o fogo se alastra facilmente.
A meteorologista Priscila Farias, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diz que o volume de chuvas deve melhorar gradativamente a partir de setembro. Mas estima que só a partir da segunda quinzena de outubro as chuvas aumentarão com mais intensidade.
(Folha Online, 30/08/2010)