Uma pesquisa apontou que houve queda na concentração de monóxido de carbono em bares, casas noturnas e restaurantes após a lei Rio Sem Fumo, sancionada em agosto de 2009. O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor) e a Secretaria estadual de Saúde realizaram o estudo durante12 semanas após a implantação da Lei Estadual 5517/09.
Na média, houve queda de 1.4 partes por milhão (ppm) na concentração desse gás nas áreas estudadas. Em alguns estabelecimentos, como em bares, os níveis caíram de 5 ppm para 1 ppm, nível próximo do encontrado em áreas livres da cidade.
Considerado um dos principais componentes da fumaça do cigarro, o monóxido de carbono é identificado como fator de risco para as doenças do coração e dos vasos, quando presente no organismo humano em altos níveis e por longo tempo.
Para o estudo, foram feitas duas medições de concentração de monóxido de carbono, utilizando monoxímetros portáteis, em 146 estabelecimentos. O primeiro registro aconteceu logo antes da implantação da lei e o segundo 12 semanas depois. Os dados da concentração de monóxido de carbono no ar livre na cidade foram fornecidos pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Segundo o levantamento, em áreas fechadas, a concentração de monóxido de carbono foi de 2.60 ppm, antes da lei, e de 1.12 ppm, depois de 12 semanas da proibição do fumo nesses locais. Nas parcialmente fechadas, a concentração foi 2.74 ppm para 1.3 ppm. Em áreas abertas, o nível foi de 2.61 ppm para 1.14 ppm. De acordo com esses dados a redução foi de 56,9%, 52,6% e 56,3%, respectivamente.
(O Globo, 27/08/2010)