As fontes de geração de energia eólica dominaram ontem o segundo Leilão de Fontes Alternativas, organizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O resultado confirmou a tendência de redução dos preços por megawatt-hora para esse tipo de fonte de energia. O leilão ocorreu em São Paulo.
O preço médio de venda dessa fonte para contratos de 20 anos foi de R$ 134,23/MWh, deságio de 19,6% sobre o preço-teto. Nesse tipo de contrato, os projetos de eólicas competiram com as usinas de açúcar e álcool e venceram de longe.
Dos 51 projetos, apenas 1 térmica, localizada na região Sudeste, conseguiu vender energia nesse leilão, a R$ 137,92. As demais 50 usinas são eólicas. A maior parte fica na região Nordeste. O restante será instalado na região Sul.
O preço também foi menor do que os de projetos de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas). Os contratos de 30 anos fechados por empreendedores de PCHs tiveram preço preço médio de R$ 146,99/MWh, deságio de apenas 5,17%.
No leilão de energias alternativas, a venda alcançou cifra de R$ 17,5 bilhões. Esse valor corresponde ao volume de energia que será entregue aos consumidores ao longo da vigência dos contratos, de 20 a 30 anos. Todas essas usinas terão de iniciar o fornecimento em 2013, segundo a Aneel.
A principal empresa a negociar energia eólica no leilão de fontes alternativas foi a espanhola Iberdrola. A estatal Chesf veio em seguida.
(Folha de São Paulo, 27/08/2010)