Durou menos de um dia a euforia pela tentativa de salvamento da baleia jubarte em Capão Novo, no Litoral Norte. Por volta das 6h15min de ontem, especialistas foram até a praia e comprovaram uma suspeita que rondava a equipe de resgate no dia anterior: o animal havia encalhado novamente.
A jubarte atolou quase no mesmo ponto do mar, onde lutou por três dias pela sobrevivência. O animal, que antes ficou a cerca de 80 metros da praia, agora estacionou a cerca de 40 metros, o que reduz suas chances de sobrevivência.
Segundo o biólogo Paulo Henrique Ott, professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), os sinais vitais do cetáceo estão fracos. Coberto por menos água, o animal sobrecarrega ainda mais os seus órgãos
– Esses mamíferos respiram como os homens. É como se uma pessoa estivesse deitada no chão com alguém sentado sobre as suas costas – explica.
Especialistas gaúchos e de outros três Estados devem decidir hoje o futuro da jubarte.
(Zero Hora, 26/08/2010)