Os incêndios florestais que deflagraram em Portugal durante o mês de Julho lançaram para a atmosfera cerca de 50 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), de acordo com dados do Instituto de Meteorologia (IM).
No mês passado, “o valor mensal acumulado [de carbono] foi de 49.607 toneladas, sendo de realçar que a quantidade de carbono libertado no período de 26 a 31 de Julho correspondeu a 88 por cento do valor mensal acumulado”, explica o IM em comunicado divulgado no seu site oficial.
De acordo com os mais recentes dados relativos às emissões de CO2 em Portugal, de 2008, foram emitidas nesse ano entre 75,7 e 78,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Desde Julho, o IM iniciou o cálculo dos valores diários da quantidade de carbono libertada na atmosfera por acção de incêndios florestais, em Portugal continental. Ainda assim, o CO2 libertado pelos incêndios florestais não entram para as contas do cumprimento do Protocolo de Quioto, lembrou Francisco Ferreira, da Quercus, ao PÚBLICO.
O Instituto de Meteorologia explica os altos valores de risco meteorológico de incêndio praticamente em todo o território durante o mês de Julho com a “influência de uma corrente de Leste que transportou na sua circulação uma massa de ar quente e seco”. Julho registou “o maior valor médio da temperatura máxima, para o mês, desde 1931, com 31,7ºC”, explica o IM.
(Ecosfera, 25/08/2010)