Informação é de pesquisa realizada pelo Imazon.
Período analisado vai de novembro de 2008 a novembro de 2009.
Propostas de alteração no tamanho de unidades de conservação na Amazônia Legal resultaram na perda de 49.506 km² de áreas protegidas de floresta até julho deste ano, revela pesquisa feita pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), publicada nesta segunda-feira (23).
A área suprimida de Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Amazônia corresponde a uma região semelhante ao tamanho do estado do Rio de Janeiro somado ao tamanho do Distrito Federal. Coordenado pelos pesquisadores Elis Araújo e Paulo Barreto, do Imazon, o estudo identificou 37 propostas formais para alterar 48 áreas protegidas de floresta.
As propostas foram feitas entre novembro de 2008 e novembro de 2009. De acordo com a pesquisa, até julho deste ano 24 delas foram concluídas, sendo que 93% resultaram na supressão das áreas.
No total, 25 unidades de conservação estaduais, 16 federais e 7 reservas indígenas em 6 estados da Amazônia receberam propostas de alteração de tamanho, segundo a pesquisa. Em 69% dos casos, projetos legislativos foram o tipo de proposta de alteração mais frequente. Em Rondônia, um dos estados com mais alterações, as propostas vieram por meio do projeto de Zoneamento Socioeconômico e Ecológico.
De acordo com o estudo, 92% das áreas analisadas já sofriam algum tipo de ameaça. As mais comuns foram posse de terras (81% dos casos), exploração madeireira (46%), obras de infraestrutura (46%) e exploração mineral (46%). Os pesquisadores ressaltam que que cerca de 40% da Amazônia Legal está protegida por unidades de conservação e que sua consolidação é importante por meio da promoção de "atividades econômicas sustentáveis e regularização fundiária".
(Globo Amazônia, 23/08/2010)