Região sofre com mais de 5,6 mil focos e são usadas 5 aviões para combater o fogo
Órgãos ligados ao meio ambiente se reuniram nesta segunda-feira (23) com o 22º Batalhão de Infantaria do Exército em Palmas para traçar estratégias de combate aos incêndios no Tocantins. O número de focos já passa de 5,6 mil. Cinco aeronaves são usadas para apagar o fogo na região da Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia.
Uma das definições do encontro foi que três bases vão ser montadas para apoiar o combate aéreo na ilha. Os pontos serão as cidades de Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia, ambas no centro-sul do Estado. A terceira base ficará numa região de mata, no meio da Ilha do Bananal. A bordo de uma aeronave, uma equipe vai identificar as áreas que devem ser prioritárias no combate.
Também hoje, na capital do Tocantins, dois homens foram encaminhados à Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) acusados de atear fogo em terrenos particulares na 903 Sul. No local, a fumaça escura e o forte mau cheiro chamaram a atenção do coordenador estadual do Prevfogo, Luiz Vanderlei Gama Pereira, que passava perto.
O pedreiro Idelcides de Jesus, de 56 anos, e o encarregado Valdemar Noronha, de 47, disseram na delegacia que cumpriam ordens do proprietário do terreno, Joseph Madeira, que negou que tenha solicitado o serviço. Idelcides e Valdemar vão responder ao processo em liberdade, mas podem pegar de três meses a um ano de prisão e ainda estão sujeitos a multa de até cem salários mínimos.
“Se tratava de um crime de ordem menor, então não havia necessidade de manter os dois acusados sob custódia. Nesse caso a pena prevista é de seis a um ano de reclusão, que pode ser revertida em serviços à comunidade, ou o pagamento de multa", explicou o delegado da Delegacia Especializada na Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Márcio Girotto.
(Último Segundo, 23/08/2010)