Quem insiste em se agarrar ao cigarro, não tem mais nenhum motivo para fumar. Caiu por terra o último argumento de que fumar acalma. Isso não é verdade e está cientificamente provado.
A suposta calma provocada pelas baforadas sempre foi uma das principais desculpas dos fumantes para manter o vício ou até mesmo para voltar a fumar. Muitos alegam que o cigarro pode aliviar o estresse. Isso, frequentemente, serve para o fumante se conformar, apesar dos riscos de câncer e de outras tantas doenças comprovadamente provocadas pelo fumo.
Muitos alegam que ao tentar parar de fumar ficam ainda mais ansiosos. Mas esse argumento agora virou fumaça. O estudo, feito pela Escola de Medicina de Londres com quase 500 fumantes que sofriam de estresse, provou que a nicotina é prejudicial ao sistema nervoso, principalmente a área do cérebro responsável pela ansiedade.
Dos pesquisados, 41% pararam de fumar. Apesar do nervosismo inicial, conseguiram se manter longe do cigarro. Depois de duas ou três semanas, os níveis de estresse começaram a cair.
Os que voltaram a fumar, em um primeiro momento tiveram uma sensação de alívio e de tranquilidade. Mas logo o estresse voltou, em níveis ainda maiores.
Com esse resultado, os cientistas concluíram que os que desistem de fumar se beneficiam também de uma sensação de alívio, um sentimento de liberdade em relação ao cigarro, uma espécie de orgulho pela vitória - e isso contribui para gerar tranquilidade, e, por consequência, mais calma.
O resultado da pesquisa não só influencia nos métodos de tratamento para fumantes, como também desmonta tratamentos antigos baseados na redução gradativa dos cigarros, ou seja, o fumante fumando cada vez menos.
O estudo comprovou que a ansiedade gerada entre um cigarro e outro, só deixa os pacientes ainda mais nervosos. Resumindo: não há meio termo. É parar de uma vez ou arcar com as consequências da nicotina.
Por essa pesquisa, agora sabemos que quem quer parar de fumar tem que aguentar firme no começo. Depois superar a ansiedade, que é o que faz as pessoas fumarem e também engordarem.
(Portal MS, 21/08/2010)