O ambientalista Judson Barros enviou denúncia contra os Ministérios Públicos Federal e Estadual do Piauí ao Conselho Nacional do Ministério Público, acusando os dois órgãos de estarem alheios à ação da empresa Bunge, que, segundo Judson, continua queimando vegetação no sul do estado. A Bunge foi condenada por duas vezes no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª. Região a parar com a utilização da lenha como matriz energética.
Na condenação, a desembargadora federal Selene Maria de Almeida determinou pela suspensão do acordo feito entre a empresa, o Governo do Estado e o Ministério Público. A primeira decisão aconteceu em 5 de março de 2008. A empresa já deveria ter parado com a queima da lenha, observa Judson de Barros, mas não está cumprindo a decisão.
"O Ministério Público manteve-se inerte", diz o ambientalista, explicando por que denunciou a postura do órgão ao Conselho Nacional do Ministério Público. Em resposta, o CNMP enviou ofícios encaminhando providências para que a Bunge cumpra a decisão da Justiça e pedindo apuração dos fatos sob a perspectiva disciplinar.
(Funaguas/EcoAgência, 21/08/2010)