A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, anunciou na tarde desta sexta-feira que o problema na CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) que provocou a poluição do ar com partículas de óxidos metálicos nos arredores da usina, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, só será resolvido em 15 dias.
A aplicação de uma multa - que pode chegar a R$ 2 milhões -- também foi prorrogada para a próxima segunda-feira (23) pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
O vazamento das partículas foi constatado no último fim de semana, mas a empresa só foi notificada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente na terça-feira (17). Hoje, em nova vistoria, o órgão constatou que a poluição do ar na região diminuiu, em função da diminuição da produção na usina.
"É um problema de grande magnitude, não é um problema que quebrou um parafuso e você troca ele e a máquina volta a funcionar. O próprio fabricante está lá e não sabe dizer em quanto tempo ele vai conseguir fazer com que aquela máquina funcione na capacidade que estava prevista. Também vamos entrar em contato com as secretarias estadual e municipal de Saúde para saber se a poluição afetou a saúde de moradores da região", disse a secretária.
Segundo o presidente do Inea, Luiz Firmino, a existência de equipamentos de controle no local apropriado para fazer o lingotamento evitaria a poluição. Ele explicou, entretanto, que a companhia está com um excedente de produção de 20%, que está sendo descarregado em poços de emergência.
"Esse ponto é que está gerando essa fuga de material. Então, além da autuação por emissão de material particulado, eles foram notificados a reduzir a produção para se adequar às condições". Na última terça, Firmino afirmou que o prazo estabelecido para que a companhia cumprisse a determinação era de cinco dias.
A diretoria da companhia comunicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá se pronunciar sobre o assunto por meio de nota.
(Por Diana Brito, Folha Online, 20/08/2010)