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2010-08-19 | Tatianaf

Mais de dois anos após serem licitadas, as duas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio, deverão receber mais R$ 2 bilhões em investimentos para aumentar sua capacidade de geração e antecipar a entrega de energia — no caso de Jirau, em quase três anos. Com isso, o investimento total das duas usinas passará para R$ 29,4 bilhões. Somadas, devem gerar mais 540 megawatts (MW) médios de energia, o que na prática corresponde a agregar aos projetos uma terceira usina de grande porte no Complexo do Madeira.

Com essa estratégia, as usinas terão um reforço no fluxo de caixa, capaz de aumentar sua receita e compensar os grandes deságios na tarifa oferecidos nos leilões de concessão.

Construídas paralelamente e distantes poucos quilômetros uma da outra, Jirau e Santo Antônio adotaram estratégias diferentes para elevar sua potência. Jirau, segunda maior hidrelétrica em construção no país, investirá mais R$ 1 bilhão para implantar seis turbinas, que se somarão às 44 previstas e aumentarão a capacidade de geração em 285MW médios. Já a capacidade total de geração sobe de 3.300MW para 3.750MW, quando as 50 turbinas estiverem funcionando, em dezembro de 2012.

— Fizemos estudos técnicos e comprovamos a viabilidade de aumentar a capacidade, sem impacto adicional ao meio ambiente — disse Victor Paranhos, diretor-presidente da Energia Sustentável do Brasil, consórcio que constrói a usina, capitaneado pela companhia franco-belga Suez.

Em Santo Antônio, quatro casas de força em vez de uma
Ao mesmo tempo, a Santo Antônio Energia planeja sua expansão em etapas, revela Eduardo de Melo Pinto, presidente da empresa, que tem Odebrecht e a estatal Furnas como principais sócias. A empresa vai investir R$ 1,15 bilhão a mais no projeto, orçado inicialmente em R$ 13,9 bilhões, para aumentar sua potência em até 255MW médios. Os 2.218MW previstos inicialmente passarão a 2.470MW.

O projeto básico passou a prever quatro casas de força, em vez de apenas uma, e ganhou novas obras de engenharia, o que elevou os investimentos em R$ 400 milhões. Além disso, a usina reviu procedimentos e aperfeiçoou equipamentos para aumentar entre 50 e 55MW médios a geração. O próximo passo, em estudo, será incorporar mais quatro turbinas, que devem gerar de 150MW a 200MW médios a mais. Essa ampliação deve custar mais R$ 500 milhões.

— Nossos estudos estão em fase adiantada — revelou Pinto.

As mudanças dependem ainda da autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia. O pedido de aumento de geração de Jirau foi feito formalmente à agência na quinta-feira passada. Ontem, o Ministério de Minas e Energia assinou portaria colocando em consulta pública a metodologia do novo cálculo.

Segundo o secretário de Energia da pasta, Altino Ventura Filho, a aprovação do investimento pode sair em no máximo dois meses. Ele ressaltou, porém, que há aspectos técnicos a serem avaliados.

A burocracia incomodou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, ao visitar as duas usinas na última sexta-feira, passou um pito nas autoridades, pedindo pressa na liberação.

— Aí vai precisar da autorização da Aneel, do Ministério do Meio Ambiente e, obviamente, do presidente da República. Eles que sejam espertos, porque eu só tenho mais quatro meses e pouco de mandato — disse Lula, referindo-se ao pedido de Jirau.

Ao mesmo tempo em que procuram aumentar sua capacidade de produção, as duas usinas já anteciparam o início da geração. O interesse se justifica pela possibilidade de obter o retorno antecipado dos investimentos. A energia excedente será negociada no mercado livre de energia, destinado aos grandes consumidores, que pagam acima do negociado com as distribuidoras.

Jirau antecipa calendário em quase três anos No fim de julho, a Santo Antônio Energia conseguiu que a Aneel aprovasse a segunda antecipação do início da geração, para dezembro de 2011. O cronograma inicial previa que as turbinas começariam a produzir em dezembro de 2012, sendo feita depois uma antecipação para maio de 2012.

Quando Santo Antônio foi a leilão, em dezembro de 2008, o consórcio vencedor ofereceu tarifa de R$78,89 o MW/hora, um deságio de 35,3% sobre o preço máximo, de R$ 122. A receita de transmissão também vai ser elevada em R$ 340 milhões, o que estimula ainda mais o empreendimento.

Jirau também já antecipou seus prazos. A hidrelétrica, que estima investimentos de R$ 13,5 bilhões, anunciou em janeiro que irá entregar 2.045MW de energia até dezembro de 2012.

O previsto era que Jirau gerasse 1.975,3MW em setembro de 2015. O início da geração está mantido para março de 2012.

(Por Gustavo Paul, O Globo, IHU-Unisinos, 18-08-2010)


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