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desmatamento cerrado queimadas
2010-08-18 | Tatianaf

Dos 204 milhões de hectares originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes está bastante alterada, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. Só esse número já revela tamanho o poder do homem sobre a natureza nesse último século. Responsável pela expansão da fronteira agrícola, pelas queimadas e pelo crescimento não planejado das áreas urbanas estamos vivendo um reflexo do que desmatamos no passado.

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o cerrado deverá desaparecer até 2030. Informações apontam ainda que a taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. Entre as regiões mais afetadas da degradação está Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no oeste da Bahia.

Esses dados contemplam um resultado do estudo feito a partir de imagens satélites, uma parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades. “O cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos”, explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil.

Segundo ele muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. “Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco”, completa o estudioso.

Nos problemas pautados, o principal deles é o desmatamento no cerrado, como a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus).

Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no cerrado. De acordo com o gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e coautor do estudo, especialistas ainda mapearam os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal.

“Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade”. Seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado já estão sendo implantados: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Especialistas informaram que para frear a destruição do Cerrado os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação.

Para o tutor do Portal Educação, biólogo Carlos Lehn, é preciso investir na manutenção de áreas. “Precisamos urgentemente de uma política séria voltada para a preservação do cerrado. Trata-se do segundo maior bioma da América do Sul e que reúne um grande número de espécies endêmicas da flora do Brasil”, explica.

(Segs, 17/08/2010)


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