Subiu para 15.183 o número de focos de incêndio registrados no país. Sexta, dia 13, havia cerca de 14 mil. Apesar disso, as queimadas estão sob controle nos estados de Rondônia, Mato Grosso e do Pará, o que significa que o fogo não não deve se espalhar mais. No Acre, eles foram eliminados no início da tarde de hoje, mas bombeiros continuam em alerta para combater possíveis novos focos de incêndio.
A situação mais grave continua no Tocantins, onde o fogo avança sobre o Parque Nacional do Araguaia e a Serra do Lajeado, em Palmas. Com a ajuda enviada por Brasília, começou no início da tarde de hoje um combate direto do fogo na serra.
“Ontem vieram 32 brigadistas do Distrito Federal e hoje, na hora do almoço, chegou uma aeronave com capacidade para transportar 500 litros de água. Com isso, poderemos combater o fogo em áreas de difícil acesso”, afirmou o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo.
No Parque Nacional do Araguaia, o controle está sendo feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai), porque dentro do parque está situada uma reserva indígena. “Ainda não temos levantamento exato da expansão do fogo na área do Araguaia, mas o fato de ser uma área protegida é sinal de que qualquer fogo vai levar a um prejuízo ambiental grande”, disse Evaristo.
No Tocantins, está sendo instalado um centro integrado de gerenciamento de incêndios, com a participação do Ibama, do ICMBio, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e da Defesa Civil estadual.
No norte de Mato Grosso, um centro nos mesmos moldes já funciona há um mês. Lá, um grande incêndio destruiu pelo menos cem casas no município de Marcelândia. “Na área urbana, as queimadas estão controladas, mas ainda há focos sendo combatidos por 240 brigadistas e bombeiros”, informou Evaristo.
Segundo ele, o combate aos incêndios é prioridade do Ibama neste momento, mas se a situação se agravar será necessário o apoio das Forças Armadas.
(Agência Brasil, 14/08/2010)