Uma denúncia levou a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Grupo de Policiamento Ambiental (GPA) às instalações de uma indústria têxtil, no Bairro Boa União, para verificar o possível lançamento de resíduos poluentes em lugar inapropriado. De acordo com o comandante do GPA, sargento Anestor de Moura, foi constatado, na estação de tratamento da empresa, o vazamento de um líquido de cor escura que chegava até um córrego, afluente do Arroio Estrela, fato que, segundo ele, se configura em delito contra o meio ambiente. A equipe coletou água e solo, em pontos distintos, e os encaminhou à Univates para análise.
Essa é a segunda ocorrência do tipo contra a empresa. No mês de maio, já havia sido feito registro por poluição. “Da mesma forma como procedemos na primeira vez, vamos instalar inquérito para apurar também esse segundo delito”, cita Moura. A pena para casos de lançamento de resíduos sólidos ou líquidos sem tratamento, em lugares inadequados, é de dois a quatro anos. Na primeira infração, a empresa foi multada em cerca de R$ 80 mil. “Agora vamos aguardar a análise da água e do solo, que vai apontar o grau de poluição, para estipular o valor da autuação. A legislação diz que, no caso de reincidência, a multa poderá ser três vezes maior que a primeira”, explica o comandante do GPA. A empresa continua trabalhando normalmente, porque está licenciada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
(O Informativo do Vale, 12/08/2010)