O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje que melhorou suas condições de financiamento a projetos de energias alternativas. O Banco ampliou de 14 anos para 16 anos o prazo máximo de amortização de financiamentos para projetos de energia eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Com a mudança, as condições de financiamento desses empreendimentos — prioritários para o banco — ficam equiparadas às oferecidas a usinas hidrelétricas entre 30 MW e 1.000 MW.
Esse esforço de alongamento do prazo está em linha com um dos pilares da política energética, de diversificar a matriz elevando gradualmente a inserção das fontes alternativas (que têm menor impacto ambiental e mais rápido prazo de implantação) no Sistema Integrado Nacional (SIN).
Segundo comunicado, a medida poderá produzir efeitos diretos sobre os preços a serem ofertados nos leilões de fontes alternativas de energia — eólica, biomassa e PCH (abaixo de 30 MW) — que ocorrerão nos próximos dias 25 e 26 de agosto. Isso porque o financiamento é contabilizado como se fosse um item de custo de implantação de uma usina.
Assim, as condições de financiamento vão influir na competitividade do empreendimento, que, por sua vez, repercutirá no preço que poderá ser ofertado no leilão. Dessa forma, melhores condições de financiamento podem significar menor tarifa final. Eventual ganho nesse sentido será absorvido pelo consumidor.
Além dos impactos diretos, o apoio do BNDES a energias alternativas vem possibilitando a instalação de novos fabricantes de equipamentos e componentes no Brasil. Tal fato contribui para a redução do custo de investimento e, consequentemente, para ganhos de competitividade dos projetos, com reflexos diretos na modicidade tarifária.
(Envolverde/Agência IN, 11/08/2010)