Na inauguração da planta de eteno verde da Braskem em Triunfo, no próximo mês, a empresa vai anunciar um ambicioso plano de expansão desse projeto para além do Brasil. Conforme Bernardo Gradin, presidente da empresa que desenvolveu a tecnologia para transformar etanol em plástico, a agenda de sustentabilidade vai ultrapassar a fronteira.
– Temos sido muito procurados por parceiros e até por governos de países que se comprometeram com metas de inserção de renováveis na matriz energética sobre como aplicar essa tecnologia – afirmou Gradin ontem, ao anunciar o balanço semestral da companhia.
Resultado de um investimento de R$ 500 milhões no polo gaúcho, a nova unidade da Braskem está sendo implantada em ritmo acelerado diante do interesse internacional gerado pela tecnologia que substitui a nafta de petróleo, um combustível fóssil, pelo etanol de cana-de-açúcar como matéria-prima na produção de plástico. A localização da primeira unidade no Rio Grande do Sul foi resultado de uma oportunidade, porque havia capacidade ociosa na fase seguinte da produção de resinas para embalagens plásticas, a de polimerização.
A partir de outubro, enfatizou ontem Gradin, a Braskem deve se transformar na terceira maior compradora de etanol do país, com 700 milhões de litros ao ano, atrás das distribuidoras de combustível BR e Ipiranga.
No segundo trimestre, a Braskem teve lucro líquido de R$ 45 milhões, revertendo prejuízo de R$ 132 milhões registrado de janeiro a março.
(Zero Hora, 11/08/2010)