Após ter o seu projeto de lei, que criaria um esquema de limite e comércio de emissões nos Estados Unidos, abandonado pelos Democratas no mês passado por não conseguir votos a favor suficientes, o Senador John Kerry introduziu na semana passada o ‘Clean Energy Technology Leadership Act of 2010’.
O novo pacote desiste das propostas de comércio de emissões e foca no estabelecimento de incentivos e financiamento extra somando US$ 3,5 bilhões para desenvolvedores e usuários de energias renováveis, segundo o Business Green.
Outros programas, já expirados para reduzir impostos e incentivar o uso de energias renováveis, também seriam renovados pelo projeto de lei.
O setor de transportes receberia muitos benefícios com a proposta de Kerry, assim como créditos para pesquisa e desenvolvimento no setor energético. O uso eficiente da energia em residências e edifícios comerciais também seria incentivado.
Os líderes Democratas deram sinais que querem retomar as discussões sobre a legislação energética após o retorno do recesso de agosto no Congresso, porém ainda assim enfrentarão pesada oposição dos Republicanos.
Por sua vez, a principal conselheira sobre clima e energia do presidente Obama, Carol Browner, disse na segunda-feira ao NBC News que a Casa Branca não desistirá de aprovar uma legislação climática ainda este ano, mesmo que seja após as eleições em novembro.
Já que a aprovação de uma legislação no Senado norte-americano parece algo ainda distante, a administração Obama contará nos próximos meses com a tentativa da Agência de Proteção Ambiental para regular as emissões de gases do efeito estufa fábrica por fábrica. Entretanto, isto pode ser “incômodo, caro e inpopular”, sendo que até mesmo Obama disse que esta não seria a solução preferida, reportou o jornal Washington Post.
(Por Fernanda B. Müller, CarbonoBrasil, 10/08/2010)