A operação final da BP (British Petroleum) para selar definitivamente o poço de petróleo submarino que provocou um gigantesco vazamento no golfo de México foi adiada por dois ou três dias devido à proximidade de uma tempestade, disse nesta terça-feira (10) Thad Allen, que dirige as operações do governo americano.
No domingo, a empresa anunciou que a operação da semana passada, na qual foram injetadas grandes quantidades de cimento e lodo para fechar o poço Macondo, surtiu efeito.
Após comprovar a solidez da mistura de lodo e cimento, os engenheiros da BP previam começar a fase final da escavação dos cerca de 30 metros de profundidade que faltam ao poço auxiliar.
A ideia é que, a partir desse poço auxiliar, os engenheiros possam injetar mais lodo e cimento pela parte inferior do depósito, em uma operação conhecida em inglês como "bottom kill" e que se espera sele totalmente o poço estragado.
TEMPO
A BP já previa que o início da fase final dependeria do tempo. Uma tempestade tropical causaria demoras nas operações de escavação do poço auxiliar.
Um relatório do governo do dia 4 de agosto indicou que aproximadamente 75% do petróleo que emanou do Macondo foi eliminado mediante diversos métodos, incluindo a evaporação, dissolução e incêndios controlados. Mas o número foi contestado por cientistas.
O derramamento de cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo representa a pior catástrofe ambiental na história dos Estados Unidos, e o governo de Washington deixou claro que a BP pagará caro pelos danos.
(Folha Online, 10/08/2010)