Em junho, a KM Papel deu início à fabricação de artefatos de papel reciclado branco com o lançamento de vários artigos de papel produzidos a partir de aparas pré e pós-consumo.
A empresa é a única fabricante da América Latina de papel reciclado branco para impressão de livros, cadernos e papel cut size (para impressoras e copiadoras) e com esse novo projeto irá agregar valor ao seu produto básico, obtendo valores de venda significativamente superiores.
Para fabricar essa nova linha de produtos, foi arrendada uma fábrica em Pirassununga, no Estado de São Paulo, que irá processar inicialmente 300 toneladas de papel por mês. O objetivo é chegar ao final de 2010 consumindo 1.000 toneladas/mês na fabricação de artefatos diversos, tais como cut size, cadernos, formulários contínuos, bobinas de PDV, entre outros.
Na primeira fase, os produtos serão destinados às classes B, C e D, chegando ao consumidor final a preços bastante competitivos. Está prevista a distribuição em todas as regiões do país, mais concentradamente no Nordeste, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em paralelo a essa verticalização da produção, a KM Papel está investindo na ampliação de sua planta fabril no município de Volta Grande, em Minas Gerais. Já foram investidos R$ 40 milhões nesta unidade e serão aplicados mais de R$ 40 milhões durante os próximos 12 meses, o que elevará a capacidade produtiva, atualmente de 24 mil toneladas/ano, para 36 mil toneladas/ano.
Do montante desse investimento, R$ 20 milhões foram destinados para o financiamento de equipamento que permitirá a utilização de aparas mais sujas (tecnicamente denominada apara 4 e apara de revista) para a fabricação de papel reciclado branco para impressão.
Esse processo atualmente só é utilizado na Europa. No Brasil, apara 4 e apara de revista são utilizadas quase que 100% na fabricação de papel higiênico e papel toalha.
Com a importação do novo maquinário, fabricado pela alemã Voith Paper Máquinas e Equipamentos Ltda., a KM disporá de matéria-prima mais barata, pois a apara 1 e 2 que usa hoje tem preço médio de R$ 1 kg contra R$ 0,35 das aparas 4 e de revista.
A expectativa da KM com a implantação desses projetos é elevar seu faturamento de 2010 para R$107 milhões e que em 2011 e 2012 atinja as marcas de R$152 e R$252 milhões, respectivamente.
A KM PAPEL
Fundada em 1996, a KM Papel iniciou suas atividades como uma distribuidora de papel, trabalhando com grandes empresas do setor como Votorantim, Bahia Sul e Klabin. No primeiro ano de funcionamento, a empresa faturou R$ 8 milhões.
Em 1997, começou a atuar na fabricação de adesivos, operação que manteve até 2009, quando vendeu essa unidade de negócios para a Colacril, numa medida estratégica de reforçar concentração em papel de imprimir e escrever, dando ênfase ao reciclado.
Em 2006, a KM inaugurou uma unidade fabril em Volta Grande, Minas Gerais, na divisa com Rio de Janeiro, dedicada à fabricação de papel reciclado. Conta também com um centro de distribuição localizado em Piracicaba, SP, para distribuição de papel próprio e de terceiros e com uma unidade em Pirassununga, SP, para fabricação de artefatos de papel reciclado.
Com aproximadamente 180 colaboradores, registrou faturamento em 2009 de R$ 90 milhões.
PROCESSO DE PRODUÇÃO UTILIZA ATÉ 100% DE APARAS DE PAPEL
Dotada de maquinário moderno e avançado sistema de depuração e lavagem das fibras, a KM pode utilizar como matéria-prima exclusivamente refugo e aparas (papel pré-consumo) geradas pelas grandes indústrias de papel, como Votorantim e Ahlstrom, e aparas geradas em gráficas (papel pós-consumo). Desta forma, a KM consegue produzir papel de qualidade a um preço competitivo em relação aos demais papéis encontrados no mercado.
EMPRESA ESTÁ EM SINTONIA COM MERCADO
Segundo Daniel Klabin Wurzmann, fundador e diretor-presidente, a KM Papel está hoje em perfeita sintonia com o mercado. Papel reciclado é bastante valorizado pelos consumidores e seus processos produtivos estão todos de acordo com as boas práticas de sustentabilidade.
A fábrica de Volta Grande adota todas as medidas de proteção ao meio ambiente. Possui sistema fechado de utilização de água (TEF Totally Efluent Free), ou seja, não devolve água utilizada no processo aos rios.
Seus funcionários recebem treinamento e apoio através de programas de responsabilidade social, que beneficiam também a comunidade da região onde estão situadas as filiais. Projetos de inclusão digital, cursos profissionalizantes e incentivos a atividades esportivas são algumas das ações promovidas pela KM.
Também em sua gestão, a empresa adota práticas que asseguram transparência. Mesmo sendo uma limitada, conta, desde 2009, com auditoria externa independente realizada por profissionais ligados a CVM. Ainda em 2010 passa a ser S.A. para aperfeiçoar suas práticas de governança corporativa.
A KM Papel trabalha, hoje, com mais de100 representantes em todo o país.