A luta contra o vazamento de petróleo que causou a maré negra no golfo do México está quase concluída, afirmou nesta segunda-feira (9) o presidente Barack Obama, depois de lacrado o poço submarino que provocou a catástrofe.
"Na semana passada, recebemos a notícia que esperávamos: o processo empreeendido para impedir que o petróleo continuasse vazando (...) parece ter tido êxito", declarou Obama durante uma cerimônia em homenagem à equipe dos Saints de Nova Orleans (Louisiana), vencedores do Superbowl neste ano.
"A etapa final terá lugar mais adiante em agosto, quando os poços secundários estejam terminados, mas o que é evidente é que a batalha para impedir que mais petróleo flua no golfo está quase concluída", acrescentou o presidente.
A empresa BP, responsável pelo vazamento de óleo no golfo do México, iniciado em 20 de abril, iniciou nesta segunda a fase final da escavação de um poço auxiliar para selar definitivamente o poço danificado.
A empresa anunciou com alívio na tarde do domingo que a operação da semana passada, na qual foram injetadas grandes quantidades de cimento e lodo para fechar o poço Macondo, surtiu efeito.
Após comprovar a solidez da mistura de lodo e cimento, os engenheiros da BP preveem começar a fase final da escavação dos cerca de 30 metros de profundidade que faltam ao poço auxiliar.
A ideia é que, a partir desse poço auxiliar, os engenheiros possam injetar mais lodo e cimento pela parte inferior do depósito, em uma operação conhecida em inglês como "bottom kill" e que se espera sele totalmente o poço estragado.
A empresa não disse quando começará a parte final desta missão, mas acredita que será até o próximo fim de semana, quando se possa determinar se completou a conexão entre ambos os poços.
CONSEQUÊNCIAS
Segundo um relatório do governo, cerca de 75% do petróleo que emanou do poço foi eliminado mediante diversos métodos, incluindo a evaporação, dissolução e incêndios controlados. Mas o número foi contestado por cientistas.
O derramamento de cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo representa a pior catástrofe ambiental na história dos Estados Unidos, e o governo de Washington deixou claro que a BP pagará caro pelos danos.
(Folha Online, 09/08/2010)