O governo norte-americano prometeu neste domingo que a operação para limpar completamente o óleo que vazou do poço da BP no Golfo do México não diminuirá, apesar do sucesso dos esforços para interromper o vazamento.
Algumas praias e áreas de pesca começaram a ser reabertas, depois do pior acidente de vazamento da história, enquanto o otimismo cresce em relação a uma última manobra de "sufocar" o poço explodido da BP, disse a principal autoridade dos EUA encarregada do vazamento no domingo.
Mas em declarações feitas com o objetivo de tranquilizar os residentes ansiosos do Golfo, o almirante aposentado da Guarda CosteiraThad Allen e Carol Browner, consultora da Casa Branca para assuntos ligados à energia, reconheceram que ainda há muito a ser feito para recuperar a região costeira afetada pelo vazamento.
"Vemos isso como uma fase e não como o fim", disse Browner ao programa de TV da NBC "Meet the Press".
"Essa foi a maior resposta ambiental de todos os tempos na história dessa nação e vai continuar até que ela termine", afirmou Allen ao programa "Face the Nation", da CBS.
Confirmando avanços recentes nos esforços para fechar definitivamente o poço de Macondo, que foi provisoriamente tampado no dia 15 de julho, a BP disse que a perfuração de um poço de socorro para fechar permanentemente o buraco "continua em andamento".
Allen disse que o processo de "sufocar o fundo" deve começar "no decorrer da semana".
Um selo de cimento terminado na quinta-feira estava aguentando bem, disse a BP. "Os testes de pressão depois das operações de cimentar o poço indicam que temos um tampão de cimento eficiente", disse a companhia em uma declaração postada no seu site.
Os moradores e empresários da Costa do Golfo, da Luisiana até a Florida, reagiram alarmados a um relatório de especialistas do governo afirmando que 75 por cento do óleo derramado havia evaporado, dispersado ou sido contido.
Eles dizem temer que a atenção da mídia e do governo diminua e que eles serão abandonados enquanto lutam para sobreviver com suas fontes de renda devastadas pelo desastre ambiental.
(Folha Online, 07/08/2010)