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construções ecológicas sustentabilidade
2010-08-09 | Tatianaf

Com a eliminação de alguns impostos, e outras iniciativas verdes, a Costa Rica avança em seu plano de moradias energeticamente sustentáveis para conseguir a neutralidade em carbono até 2021, quando completará 200 anos de independência. Seguindo o caminho de países como Finlândia, Noruega e Nova Zelândia, a Costa Rica pretende compensar completamente suas emissões de gases-estufa que causam o aquecimento global, como o dióxido de carbono, por meio do plantio de florestas e melhorias tecnológicas com fins de mitigação, entre outras iniciativas. Empresas e particulares podem certificar a redução de suas emissões no Órgão Costarriquenho de Certificação.

Embora o ponto forte deste país centro-americano seja a multiplicação da superfície florestal, para alcançar o objetivo também será exigida a aplicação de tecnologias limpas, disse Orlando Chinchilla, diretor do Instituto de Pesquisa e Serviços Florestais da Universidade Nacional, para quem não se trata de uma meta fácil de atingir. Uma modificação na lei 7.400 de isenção de impostos, feita em 30 de junho, promove o uso de energias renováveis ao eliminar 13% da carga tributária que até então tinham os painéis solares, refrigeradores e aquecedores solares, além dos geradores eólicos e hidrelétricos.

Complementando esta aposta, e dentro do mesmo Plano de Energia do governo da presidente social-democrata Laura Chinchilla, o estatal Instituto Costarriquenho de Eletricidade (ICE) incentivará a instalação, em empresas e residências, de paineis solares e a produção de eletricidade a partir de biomassa (dejetos orgânicos). Estima-se que, no prazo de três a seis anos, os usuários recuperem o investimento graças à economia na conta de energia, em média de US$ 200 ao ano para uma família de quatro pessoas.

A rede particular estará conectada à da ICE, o que permitirá aos usuários privados ceder seus excedentes em troca de uma redução na conta. Para isso, será instalado um medidor de duas vias que estabelecerá se há remanescentes para vender ou se é necessário se abastecer do sistema interligado porque a capacidade de geração não foi suficiente para o consumo do cliente. Assim, não só as residências seriam mais sustentáveis e independentes energeticamente, como também seria reduzida a dependência nacional dos combustíveis fósseis, com o ICE coletando essa energia que sobra e vendendo a outros clientes.

Segundo dados da Direção Setorial de Energia, 64% do consumo comercial provém dos combustíveis fósseis, e o setor de transporte tem um peso substancial nessa fatura. Sobre a estrutura elétrica, a geração hidráulica é líder, com mais de 78% do mercado, seguida pela geotérmica. Bem mais longe estão a térmica, a eólica e a biomassa. A energia solar continua sendo desprezada, mas o que se pretende é que as alternativas cresçam de maneira substancial no prazo de uma década.

“O preço final dos equipamentos baixará 13%, ou mesmo 20%”, disse à IPS Rodrigo Salazar, gerente-geral da Energy Solutions, empresa dedicada à venda de aquecedores solares. Isto ocorre porque as empresas do setor também têm isenção do imposto de importação dos dispositivos. Salazar acredita que com esta iniciativa aumentará a venda de equipamentos de energias alternativas, que ficou paralisada desde a crise financeira mundial em 2008.

No plano governamental também têm lugar os biodigestores, pequenas unidades que produzem gás da fermentação do excremento do gado. Além de eliminar esse dejeto, estes equipamentos geram energia e produzem adubo orgânico para os cultivos. As comunidades rurais e de poucos recursos são as mais beneficiadas por alguns planos experimentais que acontecem há alguns anos. Calcula-se que na Costa Rica estejam instalados 1.400 biodigestores. Seu baixo custo e a facilidade de instalação e manutenção são pontos a seu favor.

Na comunidade de Santa Fé, do cantão de Guatuso, perto da fronteira com a Nicarágua, estão instalados dez biodigestores, que há quatro anos tiveram custo aproximado de US$ 200 cada um. Com esse investimento, economizam US$ 15 mensais em gás para cozinhar e esquentar água. “É novo e amigável com o meio ambiente”, por evitar a contaminação, o corte de árvores e “eliminar o excremento dos animais”, disse à IPS Xinia Montero, presidente do Grupo de Mulheres de Santa Fé. Inclusive é aproveitado como atração turística, “já que vem gente de diversos países para conhecer os biodigestores”, destacou Xinia.

(Por Daniel Zueras, da IPS, Envolverde, 6/8/2010)


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