A companhia de petróleo BP iniciou nesta quinta-feira (5), no golfo do México, a última fase da operação para conter um derramamento de óleo, que consiste em tampar com cimento o poço avariado, anunciou o grupo britânico em comunicado.
"A BP começou a injetar cimento dentro do poço MC252 às 9h15 locais (11h15 de Brasília) como parte do procedimento 'static kill' [eliminação estática]", diz a nota.
"O objetivo é reforçar a estratégia de desativar e isolar o poço, o que complementará a operação já em marcha de reparação".
AUTORIZAÇÃO
O governo americano havia autorizado no fim desta quarta-feira (4) a injeção de cimento no poço danificado da BP no golfo do México.
A autorização foi dada pelo almirante da reserva Thad Allen, responsável pela resposta dos Estados Unidos ao vazamento de petróleo no golfo, depois do término da injeção de lama pesada no poço.
Mas o almirante disse que não aceitará "de nenhuma maneira" que a execução deste procedimento atrase os trabalhos de escavação do poço alternativo, considerado como a solução definitiva para conter o vazamento.
O cimento será usado para cobrir de maneira firme a lama pesada injetada pela BP no poço para empurrar o petróleo.
A última fase da operação para fechar o poço danificado será feita por meio do poço alternativo, por meio do qual haverá uma nova injeção de lama pesada e cimento.
OBAMA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que a luta para conter o vazamento de milhões de barris de petróleo no golfo do México "finalmente está chegando ao fim".
Obama elogiou os esforços para conter o derramamento na região, em um discurso diante do conselho executivo do grupo sindical AFL-CIO.
"É uma notícia muito bem-vinda", disse o presidente, que lembrou que os cidadãos do golfo do México "enfrentaram momentos particularmente difíceis" desde 20 de abril, depois da explosão e posterior afundamento da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, que causou o maior desastre ambiental da história dos EUA.
O presidente enfatizou que o governo continuará com os esforços de limpeza e de recuperação da zona, já que, segundo ele, "o dano" tem que ser revertido.
Obama disse que continuará trabalhando para que os responsáveis paguem pelos danos causados e o governo americano apoiará os estados afetados - Texas, Louisiana, Missouri, Alabama e Flórida.
(Folha Online, 05/08/2010)