A aprovação de seis variedades transgênicas de milho pelos países da União Europeia (UE) e a movimentação para o lançamento de duas cultivares de batata aumentam a perspectiva de abertura aos produtos brasileiros. A aposta é do presidente do Serviço Internacional para Aquisição e Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), Clive James, que ontem participou de evento promovido pelo CIB e pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília. "Há uma pressão internacional para que esta abertura aconteça devido à experiência bem-sucedida dos transgênicos em outras nações", sustenta James.
O pesquisador da Embrapa Elíbio Rech concorda que as novidades do bloco abrem mercado para o Brasil. "É uma tendência. A UE depende do milho e da soja para alimentação dos animais, e a maioria da produção é de transgênicos."
James salienta, contudo, que a relutância europeia com a transgenia não impediu países como o Brasil de irem além no cultivo de grãos geneticamente modificados. E alerta que o Brasil não conseguirá atingir a projeção de ampliar a safra até 2050 sem eles.]]
(Correio do Povo, 04/08/2010)