A companhia petrolífera BP teve que atrasar por um problema técnico no fim desta segunda-feira (2) os últimos testes para determinar se o fechamento definitivo do poço danificado no golfo do México deu certo mediante uma injeção de lodo pesado.
Em breve comunicado, a BP explicou que "durante as preparações para começar os testes foi descoberta uma pequena fuga hidráulica" em um dos sistemas de controle.
A multinacional acredita, no entanto, que poderá realizar os testes durante esta terça-feira, assim como a operação denominada "static kill" (eliminação estática).
Esta operação procura, mediante a injeção de cimento e lodo, empurrar o petróleo para seu lugar original, um depósito situado a 4.000 metros sob a superfície marinha.
Thad Allen, o almirante que dirige a resposta do governo ao vazamento de petróleo no golfo do México, indicou que os testes durariam cerca de quatro horas e, dependendo dos resultados, teria início o "static kill".
Está previsto que esse procedimento, que será realizado desde a boca do poço danificado, demore entre 33 e 61 horas, segundo Allen.
Para assegurar que o poço ficará definitivamente fechado, a empresa responsável por aquele que é considerado o pior desastre ecológico na história dos EUA pretende fechar também o poço na parte inferior, mediante um procedimento batizado como "bottom kill" (eliminação desde o fundo). Essa operação será realizada através do poço auxiliar que a BP escavou.
Kent Wells, vice-presidente executivo da empresa, disse nesta segunda-feira à imprensa que esperavam que, se não houver contratempos, toda a operação deve ser concluída entre os dias 11 e 15 deste mês.
(Folha Online, 03/08/2010)