Os cigarros contêm actualmente metade do tabaco autêntico que tinham há 40 anos. Segundo a Comissão Nacional para a Prevenção do Tabagismo (CNPT) espanhola, os fabricantes usam na produção de cigarros 400 a 600 novas substâncias, cujo efeito "prende ainda mais os consumidores", lê-se no El País. Ou seja, hoje o tabaco vicia mais do que há quatro décadas.
O CNPT, formado por profissionais de saúde e sociedade científicas, explica que "a nicotina pura é bastante menos viciante do que o tabaco vegetal". Para depois concluir que estas transformações na composição dos cigarros dificultam a tarefa de deixar de fumar. Os derivados de amoníaco líquido (usados desde os anmos 60) e a menta são exemplos de componentes que seriam inofensivos isolados, mas que no processo de combustão aumentam a dependência.
A União Europeia (UE) também é criticada pelo CNPT, por regulamentar apenas os níveis máximos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, o que, segundo a comissão, não é suficiente.
(AEIOU, 03/08/2010)