O Ministério Público Federal (MPF) fez uma recomendação oficial ao Instituto Chico Mendes cobrando uma fiscalização mais efetiva na Reserva Biológica Federal do Tinguá, de 26 mil hectares na Baixada Fluminense. O instituto tem até o próximo sábado (7) para informar se acatará a recomendação.
O procurador da República, Renato de Freitas Souza Machado, recomenda também um cronograma emergencial de fiscalização da reserva, bem como uma análise das obras que afetam a unidade. Caso o instituto não aceite a recomendação, poderá responder por um processo administrativo ou judicial.
Josimárcio Campos de Azevedo, responsável pela unidade de conservação em Tinguá, preferiu não gravar entrevista e limitou-se a dizer que todas as recomendações serão acatadas e que existem parcerias com a Polícia Federal e Florestal que já trabalham para melhorar a fiscalização e o combate aos caçadores de animais silvestres na reserva.
Há sete anos o MPF cobra demarcação do local pelo instituto. No ano passado, obteve uma ordem judicial por intermédio de ação pública. De acordo com nota divulgada pelo MPF, a reserva não recebe compensações por obras feitas desde 2001.
A unidade de conservação do Tinguá sofre com a constante ameaça dos caçadores que matam animais para obter carnes exóticas ou para exportação. Em 2005, o ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro foi morto na entrada da Reserva do Tinguá, quando lutava contra o tráfico e a caça de animais silvestres.
(Agência Brasil, 03/08/2010)