As autoridades do nordeste da China reconheceram hoje que o vazamento químico de sete mil barris no rio Songhua na província de Jilin chegou até a vizinha Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, informou hoje a imprensa chinesa.
Em declarações recolhidas pela agência oficial de notícias Xinhua, Du Jiahao, vice-governador de Heilongjiang, assinalou que as amostras de água do rio Songhua analisadas demonstram que existe contaminação por vazamentos químicos, apesar de as autoridades de Jilin terem assegurado que o derramamento era mínimo e inócuo.
Conhecido também por seu nome manchúrio, Sungari, e principal afluente do rio Amur, que divide a fronteira entre China e Rússia, as águas afetadas do rio Songhua chegaram à vizinha província de Heilongjiang na tarde de ontem, assegurou Du.
Ao jornal "South China Morning Post", as autoridades reconheceram que não puderam frear a entrada do vazamento químico em Heilongjiang, de onde pode chegar até a Rússia quando as águas contaminadas do Songhua desembocarem no Amur.
Não é a primeira vez que catástrofes ecológicas sofridas pela China devido a uma industrialização descontrolada afetam países vizinhos, já que o Songhua foi palco de outro vazamento químico que chegou até a Rússia em 2005, com um grave dano para o ecossistema.
(Folha Online, 01/08/2010)