Russos enfrentam onda de calor mais forte e longa dos últimos anos que causou também incêndios.
A temperatura em Moscou, atingiu os 39º C nesta quinta-feira, o dia mais quente já registrado na capital da Rússia. A onda de calor começou há um mês e é considerada a mais forte e longa dos últimos anos.
Além de vários afogamentos, já que o calor leva os russos a se arriscarem em lagos e rios, o clima quente também desencadeou incêndios florestais em todo o país, incluindo em volta de Moscou, que está tomada por uma grossa camada de poluição.
Especialistas do setor de saúde afirmam que o nível de poluição em algumas partes da capital russa está dez vezes acima do limite normal de segurança e estão aconselhando as pessoas a permanecerem em casa ou usar máscaras nas ruas.
Segundo o correspondente da BBC em Moscou Richard Galpin, uma das maiores fontes em frente ao Kremlin foi transformada em uma espécie de piscina onde as pessoas pulam na água até completamente vestidas.
Galpin afirma também que ainda há dezenas de incêndios em florestas e na turfa em volta da cidade, o que contribui para manter Moscou coberta de fumaça.
As autoridades de saúde russa afirmam que a concentração de monóxido de carbono no ar está muito alta e respirar na capital russa neste verão é tão perigoso como fumar vários maços de cigarro por dia.
A Rússia também enfrenta a pior seca em 130 anos e o governo já declarou estado de emergência em mais 20 regiões do país.
De acordo com Richard Galpin, o governo estima que um quinto das plantações de trigo do país já tenha morrido devido à falta de chuvas.
(BBC Brasil, EcoDebate, 30/07/2010)