As questões de licenciamento ambiental e os projetos de sustentabilidade das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 estão sendo discutidos hoje (29) na 2ª Reunião da Câmara de Meio Ambiente do Ministério do Esporte, em Brasília. Os debates envolvem obras nos estádios, mobilidade urbana, aeroportos e outros que fazem parte da Matriz de Responsabilidades firmada entre governo federal, estados e municípios.
Os representantes das prefeituras e de governos estaduais presentes à reunião apresentam relatórios sobre o andamento da instalação das câmaras de Meio Ambientes nos níveis municipal e estadual, e também os trabalhos que vêm sendo realizados nessa área para viabilizar os projetos ligados à Copa do Mundo que precisam levar em consideração as questões ambientais para receberem licenciamento das secretarias estaduais e municipais.
Entre as cidades que apresentaram seus relatórios pela manhã, Belo Horizonte foi um dos destaques. A cidade mostrou a estrutura já montada para acompanhar e certificar os projetos que serão realizados para o Mundial de 2014. Tudo está vinculado ao Planejamento Estratégico Integrado para a Copa, com grupos temáticos organizados em áreas como marketing e turismo, que tem uma lista de projetos, entre eles, o da Lagoa da Pampulha, que envolve desassoreamento, tratamento e saneamento.
A representante do Rio de Janeiro, Márcia Real, explicou que o estado ainda não criou uma Câmara de Meio Ambiente, mas já desenvolve muitas ações de sustentabilidade direcionadas para as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas na cidade e já poderão ser aproveitadas durante a Copa de 2014. Sobre o Estádio do Maracanã, ela disse que o licenciamento ambiental para as obras já está concedido.
O coordenador da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014 do Ministério do Esporte, Cláudio Langone, falou sobre os projetos que o governo federal deseja desenvolver para a Copa de 2014. Um deles é o da Copa Orgânica, que “visa a ampliar o mercado de produtos orgânicos ou sustentáveis, tendo como objetivo a Copa e com vistas a aumentar a oferta e diminuir os preços desse tipo de produto agrícola”. Para isso, é preciso identificar e certificar os produtores que possam participar da cadeia de distribuição orgânica.
(Por Jorge Wamburg, Agência Brasil, 29/07/2010)