Estudos recentes revelaram que o tabagismo pode aumentar em três vezes o risco de um ataque cardíaco. Se serve como alento, esse risco diminui gradativamente depois que o indivíduo para de fumar. E neste ponto, o número de cigarros que a pessoa fuma por dia tem relação direta com o tamanho do perigo.
Pesquisa Interheart realizada com mais de 27 mil pessoas mostra que o risco de infarto aumenta em 63% nas pessoas que fumam menos de dez cigarros diariamente. Essa chance é muito maior (2,6 vezes) para os fumantes que acendem entre 10 e 19 cigarros e de 4,6 vezes para aqueles que fumam mais de 20 cigarros.
Para piorar a situação, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os dados do tabagismo no Brasil são assustadores. Veja alguns deles:
- no Brasil, 200 mil mortes anuais são causadas pelo tabagismo;
- atualmente, 16% dos brasileiros adultos são fumantes;
- os homens apresentaram prevalências mais elevadas de fumantes do que as mulheres;
- a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo;
- o cigarro brasileiro é o 6º mais barato do mundo;
- cerca de 8% dos gastos com internação e quimioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) são atribuídos a doenças relacionadas ao consumo do tabaco;
- somente com esses dois procedimentos (internação e quimioterapia) o governo gasta R$ 338,6 milhões por ano para tratar doenças relacionadas ao consumo do tabaco.
(Terra, O Documento, 29/07/2010)