A Fibria, maior fabricante mundial de celulose branqueada de eucalipto, colocou à venda sua fábrica de papéis especiais em Piracicaba (SP). A companhia, resultado da fusão entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, contratou o banco Goldman Sachs para coordenar a operação, ainda em fase inicial. O ativo começou a ser oferecido a potenciais interessados em junho. De acordo com fontes da indústria, o negócio é avaliado em torno de US$ 400 milhões e a japonesa Oji Paper, maior acionista da Cenibra, seria uma possível compradora.
Com isso, o grupo Votorantim executa sua estratégia de venda de ativos da Fibria para reduzir o endividamento, de R$ 10,9 bilhões em março, fruto das operações com derivativos de câmbio contratados pela antiga Aracruz, que levaram a perdas bilionárias e à virtual insolvência da companhia em 2008. A Fibria busca ainda um comprador para a fatia de 50% no Conpacel, consórcio em parceria com a Suzano Papel e Celulose que abrigou os ativos da antiga Ripasa. A operação é avaliada entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões por analistas que acompanham o setor. A Suzano tem direito de preferência na compra da participação.
(Por Vanessa Adachi e Stella Fontes, Valor Online, 29/07/2010)