A quantidade de fitoplâncton dos oceanos diminui 1% por ano, na média dos últimos 100 anos, segundo um estudo publicado hoje pela revista "Nature" que adverte sobre os efeitos da redução destes microorganismos na estrutura dos ecossistemas marinhos e no ciclo do carbono.
Segundo os especialistas do Instituto para a Pesquisa Climática da Alemanha, a redução da biomassa de fitoplâncton dos oceanos está vinculada ao aquecimento global.
Os pesquisadores, que combinaram dados históricos com observações via satélite atuais, estimaram que o nível global de redução desses microorganismos fotossintéticos aquáticos foi de 1% anual da média global da biomassa de fitoplâncton presente nos oceanos.
Essa queda seria ainda mais saliente nos últimos anos, especialmente em áreas situadas em altas latitudes e nas regiões equatoriais.
O fitoplâncton tem grande importância para o equilíbrio da natureza porque esses microorganismos produzem cerca de metade da matéria orgânica da Terra e grande parte do oxigênio da atmosfera. Por isso, seu déficit poderia afetar os processos climáticos e ciclos bioquímicos como o do carbono.
Esse estudo sustenta também a hipótese de que a mudança climática está contribuindo para a transformação dos ecossistemas marítimos.
(Efe, UOL, 28/07/2010)