A concentração de substâncias tóxicas está dez vezes maior do que os níveis aceitáveis em Moscou, capital da Rússia, com a chegada da temporada de verão e de ao menos 43 focos de incêndios em turfas --que liberam uma fumaça densa e de cheiro forte.
Os bombeiros conseguiram conter os incêndios nas turfas, um tipo de vegetação característico da região, e a expectativa é de que a situação melhore.
A onda de calor que atingiu partes centrais da Europa e a Rússia desde junho (verão no hemisfério Norte) elevou as temperaturas de Moscou a níveis históricos e causou incêndios em florestas e turfas por todo o país.
Na capital, a fumaça derrubou a qualidade do ar para os piores níveis desde 2002. A fumaça densa invade casas, escritórios e restaurantes pelas portas e janelas.
"A concentração de monóxido de carbono e partículas suspensas em Moscou está dez vezes acima do limite", disse Alexei Popikov, chefe da agência governamental Mosekomonitoring, que monitora a poluição do ar.
Ele disse que os mais velhos e quem sofre de problemas cardíacos deve evitar contato com a fumaça.
Embora os atuais focos tenham sido contidos, Moscou deve ter outro dia de altas temperaturas, depois do recorde de 37,4 graus Celsius de segunda-feira passada (26).
Alexei Yablokov, biólogo do Partido Verde da Rússia, disse que a poluição do ar pode matar centenas na região de Moscou. O prefeito Boris Gromov pediu ao governo federal US$ 827 milhões para combater os focos de incêndio.
(Folha Online, 28/07/2010)