O governo federal poderá aprovar nos futuros leilões para os próximos anos, projetos de geração térmica, caso não possa as licenças ambientais para projetos de usinas hidrelétricas. A informação foi dada há pouco pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao destacar que apesar de a prioridade ser projetos hidrelétricos, se for preciso para garantir o abastecimento do país, serão aceitas usinas térmicas. Neste ano a EPE vai realizar dois leilões, um no próximo dia 30 e outro no fim do ano para oferta de 13 usinas hidrelétricas.
- A idéia é priorizar as hidrelétricas, mas se não tiver hidrelétricas em quantidade suficiente para atender as demandas das distribuidoras, serão contratadas termelétricas - afirmou Tolmasquim.
Maurício tolmasquim destaco, contudo, estar bastante otimista no sucesso do próximo leilão de energia que a EPE vai realizar na próxima sexta, dia 30. Esse leilão prevê a oferta de quatro usinas hidrelétricas de pequeno porte para oferta de energia a partir de 2015. São as usinas de Colíder, Garibaldi, Ferreira Gomes e Santo Antônio de jari, com um total de cerca de 700 megawatts (MW).
- Acho que vai ter uma boa competição - garantiu tolmasquim.
Até o fim do ano está previsto um leilão complementar com a oferta de nove usinas hidrelétricas. Tolmasquim voltou a garantir que o Brasil terá energia suficiente para crescer a taxas elevadas nos próximos anos. Se alguma dessas usinas não conseguir licença ambiental necessária, serão aceitas nesse leilão projetos de usinas térmicas.
- A situação do Brasil é extremamente confortável. Até 2014 temos um excedente de energia que permitirá que o país cresça até 7,5% ao ano se for necessário. Energia não será um gargalo ao crescimento - garantiu Tolmasquim.
(Por Ramona Ordoñez, O Globo, 27/07/2010)