A chuva deu uma trégua para os moradores de áreas ribeirinhas da região Metropolitana. Apesar de o nível dos mananciais ter reduzido, existem pontos de alagamentos e barro nas principais vias de acesso às moradias. Na Praia do Paquetá, no bairro Mato Grande, Canoas, o Rio dos Sinos recuou 25 centímetros entre a tarde de domingo e as primeiras horas da manhã de ontem. Mesmo assim, apresentava elevação de 1,6 metro. "O vento favorável facilitou", salientou o coordenador municipal de Defesa Civil, Mauro Guedes.
Na Capital, apesar de não ter ocorrido enchentes nas ilhas como nos anos anteriores, existem vários pontos de alagamento. Na Grande dos Marinheiros, por exemplo, há lâminas d''água sob praticamente todas as moradias da rua Nossa Senhora Aparecida. Segundo a dona de casa Rosa Santiago, 57, não bastasse a área alagadiça, os moradores enfrentam dificuldades com os atoleiros. Os irmãos Karine e Luciano Lopes Alves, 12 e 10 anos, utilizaram garrafas PET e tábuas para confeccionar uma espécie de prancha flutuante e "navegam" com o cão Gurizinho. O comerciante Sadi Ferreira, 56, defendeu a pavimentação da Nossa Senhora Aparecida.
(Correio do Povo, 27/07/2010)