A precariedade dos meios materiais utilizados e a falta de recursos está desacelerando a retirada das 1.500 toneladas de petróleo no litoral de Dalian, nordeste da China.
A tripulação de alguns navios pesqueiros na zona chegou a recolher o óleo usando palitos (como os utilizados como talheres por países asiáticos) ou com suas próprias mãos, segundo o jornal oficial "China Daily".
Cerca de 800 navios trabalham na retirada do petróleo, entre eles 40 embarcações especializadas na recolha de petróleo, aos quais se acrescentou um contingente de 2 mil soldados do ELP (Exército de Libertação Popular).
As equipes utilizaram 23 toneladas de um óleo especial que dilui o cru, além de outros agentes absorventes do petróleo.
Os trabalhadores, voluntários e bombeiros responsáveis por limpar o vazamento contam, além disso, com uma complicação meteorológica: as rajadas de vento e chuva, que provocam a expansão da mancha.
O governo chinês mantém silêncio há dias sobre a extensão da mancha, embora os últimos dados oficiais indiquem que alcança os 430 quilômetros quadrados de superfície no Mar Amarelo.
O vazamento, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira, foi originado pelo uso inadequado de um catalisador para acelerar a entrada do petróleo nos oleodutos, que causou uma explosão.
(Folha Online, 24/07/2010)