Apareceu um assunto proibido na eleição gaúcha. Ele envolve o voto das 200 mil famílias que tiram seu sustento das plantações de tabaco do Estado, que concentra a maior parte da produção do Brasil, maior exportador mundial, com vendas de US$ 5,2 bilhões por ano. Logo após o pleito presidencial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizará uma conferência internacional sobre o tabaco, que discutirá até a proibição do plantio do tipo Burley, produzido no Brasil. De olho no eleitorado de todo o Estado, que deu 1,5 milhão de votos de vantagem a Geraldo Alckmin em relação a Lula, em 2006, até agora nenhum candidato demonstrou interesse em dizer o que pretende fazer.
(Paulo Moreira Leite, Epoca, 25/7/2010)