A transnacional de biotecnologia estabelecida em Missouri, Estados Unidos, terá que pagar uma multa de 2,5 milhões de dólares por venda não autorizada de algodão transgênico.
“Esta é a maior sanção econômica desde que se votou a lei de 1947 sobre inseticidas”, informou a EPA.
A Monsanto distribuiu duas variedades do seu algodão geneticamente modificado resistente a insetos (Monsando Bollgard e Bollgard II) em duas zonas do Texas onde a EPA havia proibido expressamente esses cultivos entre 2002 e 2007.
Ambas as sementes contêm pesticidas geneticamente modificados, chamados “protetores integrados à plantas”, incluindo a bactéria bacteria Bacillus thuringiensis (Bt).
O cultivo de algodão geneticamente modificado, para poder produzir seu próprio pesticida, está proibido em dez condados do Texas para evitar que os insetor se tornem resistentes, como ocorreu na China, o que gerou graves pragas para os agricultores de algodão e de outros cultivos.
Monsanto com carta branca no México
Enquanto a empresa já foi demandada em vários países por não respeitar as normas de biosegurança ou por casos de corrupção, no México Monsanto é a primeira beneficiada pelas permissões de colheita experimental de milho transgênico.
A empresa representa um verdadeiro monopólio sobre as sementes transgênicas com mais de 90 por cento do mercado internacional.
“É muito preocupante que uma empresa tão pouco confiável esteja semeando milho transgênico no nosso país, centro de origem e diversificação deste grão”, sinalizou Aleira Lara, coordenadora da campanha Transgênicos e Agricultura Sustentável, do Greenpeace.
Esta produção se realiza “sem nenhum controle verdadeiro por parte do governo já que o monitoramento está se realizando pelas próprias empresas baseado em um claro conflito de interesses”, agregou Lara.
(Rebelión, Tradução de Pedro Carrano, MST, 23/7/2010)