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tornados
2010-07-23 | Tatianaf

A meteorologia já previa que a quarta-feira seria um dia preocupante no que dizia respeito às condições climáticas do Rio Grande do Sul. A possibilidade da ocorrência de vendavais era conhecida, entretanto, não se tinha ideia de que a natureza mostraria a sua força com tanta intensidade.

Os moradores de sete bairros do município de Canela, na região serrana do Rio Grande do Sul, viveram segundos de pavor por volta das 21h desta quarta-feira. Rajadas de vento de 124km/h, conforme registrado pela estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deixaram um rastro de destruição, principalmente nos bairros Santa Marta, São José, Quinta da Serra, Santa Terezinha, Vila Maggi, Vila do Cedro e Leodoro Azevedo. Em Gramado, há informações de que casas também foram destelhadas.

De acordo com a Defesa Civil municipal, um total de 489 residências foram danificadas em Canela, sendo que, destas, 81 foram completamente destruídas, fazendo com que 211 pessoas tivessem de ser alojadas em outros lugares. Os ventos também provocaram ferimentos leves em 11 pessoas, que foram atendidas no Hospital de Caridade de Canela. A cidade deve decretar situação de emergência.

"O cenário é de destruição. São mais de 200 árvores derrubadas, centenas de imóveis destruídos, uma fábrica inteira de móveis arruinada, ruas detonadas, esgotos entupidos, postes de luz arrancados. Vamos precisar muito da ajuda dos governos estadual e federal. É triste ver uma família se abraçar e dizer que em um minuto perdeu tudo que construiu em uma vida inteira", afirmou o prefeito do município, Constantino Orsolin.

Depois do acontecido, começou o trabalho dos meteorologistas para determinar qual foi o fenômeno climático que atingiu Canela. Para os especialistas da MetSul Meteorologia, não há dúvidas: a cidade foi atingida por um tornado. "O comportamento do vento e os estragos ocasionados, como decepar grandes árvores, retorcer telhas de alumínio e ferro, são típicos de tornado", afirma o meteorologista Eugênio Hackbart.

Outra característica de tornado é uma evidência verificada na Serra gaúcha: os danos estão localizados em uma pequena extensão de área. "Normalmente os estragos se concentram em uma faixa estreita, entre 200 e 500 metros de largura. Nesta faixa, o vento passa em forma de redemoinho uma força entre 150km/h e 180km/h, sugando tudo", garante o meteorologista.

Para a MetSul, há outro dado meteorológico de grande relevância: enquanto a estação automática do Inmet registrou vento de 124km/h, uma outra estação automática, a apenas 450 metros de distância do equipamento governamental, não acusou vento intenso. Segundo Hackbart, essa é a confirmação de que foi um fenômeno concentrado numa determinada área. "É um erro acreditar que a velocidade máxima tenha sido de 124km/h. Por onde o tornado efetivamente passou, a velocidade do vento foi muito superior", assegura, revelando que as imagens dos danos são equivalentes a de um tornado de categoria F2 na escala de Fujita, com vento entre 180 e 250km/h.

Prefeito pede que turistas não deixem de ir para a cidade
Uma das grandes preocupações do prefeito de Canela é com a possibilidade de pessoas que tinham planejado ir para a cidade passar as férias de julho desistirem em razão do ocorrido. Conforme Constantino Orsolin, a prioridade é restabelecer a energia elétrica para as cerca de três mil residências que tiveram o fornecimento interrompido. "Estamos fazendo tudo de forma muito rápida para não haver interferência no turismo que representa 60% da economia do município. Além disso, quase 50% dos empregos da cidade são em setores ligados a turismo", diz.

Nesta época , Canela recebe milhares de turistas que vão em busca temperaturas próximas de zero. "É bom deixar claro que nenhuma parte turística da cidade foi afetada. As pessoas podem vir para cá. Isso vai nos ajudar muito. Todo o setor do turismo, os hotéis, as pousadas e os parques, está intacto."

(JC-RS,  23/07/2010)


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