A Hidroelétrica Binacional de Itaipu, a cooperação na área social e os projetos conjuntos de infraestrutura centrarão hoje o diálogo dos chanceleres do Brasil, Celso Amorim, e de Paraguai, Héctor Lacognata.
O encontro também permitirá preparar o próximo encontro dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, que deve acontecer no dia 30 deste mês em Asuncion, bem como a Cúpula do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a se realizar na Argentina, em 3 de agosto próximo.
Desde o ano passado Brasil aceitou uma proposta de Paraguai de triplicar o pagamento pela energia que lhe vende da parte que lhe corresponde da Hidroelétrica Binacional de Itaipu, pelo qual deve passar de 120 milhões para 360 milhões de dólares anuais, mas ainda o Congresso brasileiro não aprovou essa proposta legal.
De acordo com fontes da chancelaria brasileira, as relações com Paraguai têm natureza estratégica e prioritária, já que o gigante sul-americano é o principal aliado comercial de Assunpción, e a vizinha nação figura entre as primeiras com as quais Brasil mantém o maior número de iniciativas de cooperação.
Recordam que nos últimos três anos os dois países assinaram acordos de colaboração nas áreas de saúde, agronegócio, biocombustíveis, agricultura familiar, serviços postais, formação profissional, desenvolvimento rural, patrimônio cultural, museologia, diversidade cultural e educação indígena, entre outros.
Atualmente, informam são 13 os projetos em execução, entre os quais destacam a instalação do primeiro banco de leite humano, a reestruturação do setor postal paraguaio e a formação profissional que tem permitido a recuperação sócio-econômica da região de Cidade do Leste.
Assim exaltam o Centro de Hernandarias, que já realizou 660 cursos com a formação a mais de 10 mil profissionais nas esferas de eletroeletrônica, metalmecânica, construção civil, informática, mecânica diesel e costura industrial.
O intercâmbio comercial entre os dois países no primeiro semestre de 2010 chegou a mil 500 milhões de dólares, um aumento de 62 por cento em comparação com igual período de 2009, quando se produziu uma retração devido à crise financeira internacional.
Em 2008 o fluxo comercial foi de três bilhões 145 milhões de dólares, 51 por cento a mais que em 2007, quando totalizou dois bilhões 82 milhões de dólares.
(Prensa Latina, 21/07/2010)