Alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) participam, a partir de hoje, de uma competição nacional que protegerá o ambiente. A 7ª Maratona Universitária de Eficiência Energética, que ocorre até sábado, em São Paulo, premiará o protótipo de carro que percorrer 12 voltas na pista do kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos, com velocidade média de 25km/h, gastando a menor quantidade de combustível.
A competição disputada por 35 equipes de universidades do país ocorre em três categorias: carros a álcool, a gasolina e a eletricidade. E a UFSM tem uma equipe em cada uma delas, todas do projeto Bambuzinho, desenvolvido por estudantes do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (Ctism), Desenho Industrial e engenharias Elétrica e Mecânica.
Segundo o professor de Mecânica do Ctism, Fernando Bayer, a ideia é incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias para reduzir o uso de combustíveis e, com isso, a emissão de gases poluentes na natureza.
Entre as equipes de Santa Maria, o trabalho também passou pela escolha de materiais biodegradáveis para construção dos carros. Foram utilizados bambus – daí o nome do projeto –, fibra de vidro e até seda.
O professor Luiz Antônio Righi, integrante da equipe do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM, que integra os cursos de engenharia, explica que um dos protótipos é totalmente novo e será utilizado pela primeira vez em competições:
– Até poucos dias, nem o pessoal aqui do centro sabia como o carro era. Tudo foi mantido em segredo.
Protótipos são eficientes e ecologicamente corretos
Os outros dois carros apresentam como novidade o sistema de injeção eletrônica. Funciona assim: o piloto atinge a velocidade desejada e desliga o motor do carro, economizando energia. O uso de fibra de vidro na estrutura também é inovador.
– O carro é energeticamente eficiente e ecologicamente correto – avalia o professor Geomar Machado Martins, do curso de Engenharia Elétrica.
Os veículos foram construídos com apoio de empresas da cidade (Gautier Indústria de Capacetes, Idema, Tabarelli, Benvenutti e Makita). A estimativa média de custo de cada um deles é R$ 10 mil. A universidade entrou com o uso de laboratórios e custeio da viagem aos participantes. Alguns alunos recebem bolsas de estudo. Os primeiro e segundo lugares de cada categoria recebem dois protótipos de carros da Fiat cada, destinados para estudos.
(Por Lizie Antonello, Diário de Santa Maria, 21/07/2010)