A BP recebeu permissão ontem para manter selado o poço de petróleo danificado no golfo do México por mais 24 horas, apesar de temores com a descoberta de dois vazamentos. Segundo a Casa Branca, além de um vazamento no topo do poço, há outro localizado a 3 km dele, no fundo do mar.
O almirante Thad Allen, responsável pela luta contra o vazamento pelo governo dos EUA, disse que eles não são "consequência" da tampa colocada no poço, que impede, desde quinta-feira, mais vazamentos. E relativizou especulações de que o teste estaria gerando pressão no subsolo.
A BP deve ser um dos temas da primeira visita do premiê britânico, David Cameron, a Washington, hoje. Além do vazamento, a empresa é acusada de intervir para a libertação, em 2009, de um terrorista líbio condenado pelo atentado de Lockerbie, na Escócia, em 1988, que matou 270 pessoas.
Ontem, Cameron disse que a libertação foi "completamente errada", mas que não sabe "o que a BP fez".
(Folha de São Paulo, 20/07/2010)