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ongs ambientalistas
2010-07-20 | Tatianaf

Um consórcio de bancos e ONGs esperam se beneficiar do poder do REDD (redução das emissões por desmatamento e degradação) em um mercado mais abrangente para serviços ecossistêmicos. Assim como as bolsas de valores emergentes ao redor do mundo, esta vem acompanhada com a sua própria campanha educacional, que começa com as árvores.

Os ecossistemas da Colômbia, e especialmente suas florestas, tem sofrido como todos na América Latina. Porém ao contrario dos vizinhos, a Colômbia tem históricamente falhado em alavancar a venda de créditos voluntários de carbono através do REDD.

Reconhecendo que as florestas do país apresentam um potencial inexplorado para a mitigação do carbono nos mercados voluntários e um futuro mecanismo de REDD, parceiros da Fundación Natura, Ministério do Meio Ambiente, Habitação e Desenvolvimento Territorial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird) lançaram esta semana um plano de ataque para a presença da Colômbia nos mercados de carbono.

A arma escolhida foi o ‘Mecanismo para Mitigação Voluntária das Emissões de Gases do Efeito Estufa na Colômbia’, que apresenta uma plataforma no estilo bolsa de valores para facilitar o fluxo de créditos de carbono e financiamento entre os projetos colombianos e compradores internacionais e domésticos de créditos voluntários (VERs – Voluntary Emissions Reduction).

Focando principal no incentivo da demanda doméstica por VERs, Roberto León Gómez da Fundación Natura explica que a plataforma é a melhor maneira de engajar as empresas colombianas no mercado de carbono.

“Precisamos encontrar uma ferramenta que seja eficiente, transparente e que ofereça às empresas participantes confiança no mecanismo de mercado, algo que elas entendem”, comentou.

Mas para superar os desafios que tradicionalmente barram a entrada da Colômbia no mercado de REDD, desde os altos custos transacionais até a baixa capacitação técnica, o mecanismo requer mais do que apenas a presença de uma bolsa.

Portanto, seus proponentes assumiram uma abordagem tripla para o desenvolvimento do mercado: montar a plataforma, educar os participantes e desenvolver projetos com base no uso da terra com benefícios múltiplos à conservação e às comunidades, que no fim das contas atraem os compradores para o ambiente de mercado voluntário.

Copo meio cheio
O desmatamento e a agricultura então entre as maiores fontes de emissões da Colômbia, e a Fundación Natura espera aproveitar o potencial do setor florestal para reduções voluntárias das emissões. Nesta fase inicial, apenas créditos com base no uso da terra serão facilitados através do mecanismo, incluindo REDD, afro-florestas e outros tipos de projetos florestais de carbono.

Os parceiros aprovarão no mínimo cinco projetos piloto gerando créditos em duas regiões distintas. Os projetos serão financiados pelo mecanismo desde a análise da linha de base até o registro dos créditos, com acompanhamento para mensuração, monitoramento, treinamento de softwares e estruturas de mercado.

“Temos um grande potencial para desenvolver este tipo de projeto, pois muitas atividades de conservação que conduzimos na Colômbia podem facilmente se tornarem projetos de carbono”, explicou Gómez.

A Fundación Natura é a agência executiva do mecanismo e tem o apoio financeiro e direção do Fundo Ambiental Global (GEF - Global Environment Facility).

“Não queremos que a mitigação do carbono seja separada das atividades de conservação ou redução da vulnerabilidade e adaptação, mas (queremos) encontrar uma maneira de conectar estes critérios”, explicou Gómez.

Durante a fase preparatória do mecanismo, que está sendo conduzida, os parceiros do programa decidirão quais padrões independentes serão adotados para o uso na bolsa, como o VCS ou VER .

Apesar de a estrutura ser baseada na Bolsa do Clima de Chicago, ao contrário desta, os participantes do mecanismo colombiano não serão obrigados a se comprometer com um limite sobre as emissões.
 
Este é o primeiro artigo de uma série do Ecosytem Marketplace que examina as bolsas de valores emergentes na América Latina, África e Ásia.

(Por Molly Peters-Stanley, CarbonoBrasil, 19/07/2010)


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