O desenvolvimento de ações integradas para a divulgação do Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS) no Estado foi oficializado ontem, durante a assinatura de um termo de cooperação técnica entre entidades do setor produtivo de base florestal e moveleira - lideradas pela Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Fiergs e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), através da Emater-RS.
A parceria irá ocorrer através da realização de seminários regionais com o objetivo de facilitar a compreensão e orientar os empreendedores e gestores públicos sobre o enquadramento da atividade nas diretrizes do ZAS e sua aplicação prática no licenciamento da atividade.
O termo de cooperação tem prazo de dois anos, com possibilidade de prorrogação. Este é o primeiro passo após a aprovação das alterações do zoneamento ambiental para a silvicultura no Rio Grande do Sul. O ZAS definiu 45 unidades de paisagem natural no Estado e aplicou uma matriz de vulnerabilidade ambiental, indicando o grau de fragilidade de cada uma com o desenvolvimento em larga escala da atividade de silvicultura.
"Existem áreas consideradas como de tolerância, outras são preferenciais e algumas são proibidas", resume o engenheiro agrônomo Dirceu Luiz Slongo, assistente-técnico estadual florestal da Emater-RS, explicando que os plantios só serão realizados seguindo a legislação e nos locais considerados apropriados. "O zoneamento aponta para uma área de 3,6 milhões de hectares aptos para a silvicultura", informa o engenheiro. Mas, segundo ele, a expectativa é que as plantações ocupem um milhão de hectares.
Segundo o presidente da Ageflor, Leonel Menezes, a entidade deve iniciar em agosto a realização de cursos voltados a produtores sobre o zoneamento ambiental, para difusão das regras implementadas com o ZAS, apresentando casos e esclarecendo dúvidas relativas ao tema.
A estratégia de divulgação do ZAS inclui ainda as dez regiões administradas pela Emater no Rio Grande do Sul. "Serão chamados todos os representantes da cadeia produtiva da área florestal, que receberão todos os esclarecimentos necessários, mas que também terão voz ativa para sugerir mudanças, que já estão previstas para o ajuste do zoneamento da silvicultura, previsto para o final do ano que vem", garante o agrônomo da Emater-RS.
(Por Adriana Lampert, JC-RS, 16/07/2010)