A Acempro coloca a preservação ambiental em primeiro lugar
A preocupação com a preservação e recuperação do meio ambiente sempre esteve presente entre os profissionais da Associação Cemitério dos Protestantes (Acempro), fundada em 1844, que possui atualmente quatro cemitérios na capital paulista e um em Itapecerica da Serra (SP). Par isso, adota importantes medidas preventivas em seus cemitérios para proteger o meio ambiente não apenas da contaminação do subsolo, mas também de outras ações, como erosões e desmatamento.
Em todos os seus cemitérios, por exemplo, as coroas de flores e matéria verde (folhas e galhos) são recicladas, tornando-se adubo orgânico utilizado nos jardins. A pavimentação, por sua vez, é drenante, absorvendo aproximadamente 78% da água precipitada, o que reduz o risco local de enchentes e mantém o lençol freático inalterado.
Quanto ao impacto ambiental causado pelos corpos em decomposição, pesquisas feitas pela Associação, durante seis anos, concluem que o impacto ambiental é desprezível. A água encontrada a 65 centímetros abaixo do sepultamento pode ser potável depois de uma simples filtragem.
Para evitar as erosões, a Acempro realiza em seus cemitérios a preservação dos fundos de vales, fundamental para a proteção da água doce no planeta, além da preservação da fauna e da flora local.
O reuso da água e a retenção hídrica também são aplicados. O Cemitério e Crematório Horto da Paz, por exemplo, conta com uma estação de tratamento de água e um sistema de reuso. As águas residuárias são tratadas e usadas para irrigação, em vasos sanitários e hidrantes. Já a retenção hídrica é feita com a implantação de poços sumidouros e dos RRVs (Reservatórios de Retardamento de Vazão).
As árvores nativas dos terrenos são cuidadosamente preservadas, além de novas espécies serem plantadas, como no Cemitério e Crematório Horto da Paz, onde existe um projeto de reflorestamento de uma área de 100 mil m 2. Desde o início da execução do projeto, foram plantadas mais de 12.000 árvores de diversas espécies nativas da Mata Atlântica, como ipês (roxo, amarelo e vermelho), sibipirunas, anjicos, cedros, jacarandás e jatobás entre outras.
Os cemitérios da Acempro são: Cemitério da Paz (Morumbi), Cemitério e Crematório Horto da Paz (Itapecerica da Serra), Cemitério do Redentor (Pinheiros), Cemitério dos Protestantes (Consolação) e Cemitério de Colônia (Colônia/Parelheiros).
Cemitério da Paz
Inaugurado em 1965, o Cemitério da Paz foi o primeiro cemitério-jardim do Brasil, sem túmulos ou mausoléus. As sepulturas são identificadas apenas por uma lápide colocada diretamente na grama.
Ao longo dos anos, foram adquiridos vários terrenos adjacentes ao local, completando hoje uma área de 119.292 m². O Cemitério da Paz também conta com sepulturas de grandes personalidades, como a do presidente Janio Quadros, o compositor Adoniran Barbosa, o Prof. Paulo Freire, os jornalistas Narciso Vernizzi e João Jorge Saad, do jogador de futebol Leônidas da Silva, entre muitos outros.
Cemitério e Crematório Horto da Paz
Com uma proposta totalmente ecológica, o Cemitério Horto da Paz foi inaugurado em 1996 e, com a constante procura por crematório, em 2006 foi inaugurado o novo serviço no Horto da Paz.
Instalado em uma área de manancial, o Horto da Paz tem como um de seus objetivos a preservação e restauração do meio ambiente. Entre as ações podemos destacar o sistema de retenção hídrica, reuso da água, trilhas ecológicas e o projeto de reflorestamento de mais de 100 mil m² da área com espécies nativas.
Cemitério dos Protestantes
Após desativar o Cemitério dos Estrangeiros, no bairro da Luz, para ampliação da avenida Tiradentes, a Prefeitura cedeu um terreno anexo ao Cemitério da Consolação, para os protestantes e outro para os estrangeiros católicos. Assim, em 1858, nasceu o Cemitério dos Protestantes, o primeiro cemitério da Acempro.
Lá encontram-se sepultados diversos membros ilustres da nossa história, como Charles Miller e Anita Malfatti, além do primeiro missionário protestante vindo ao Brasil, o americano Ashbell Green Simonton.
Cemitério do Redentor
Com o esgotamento de sepulturas disponíveis no Cemitério dos Protestantes, surgiu a necessidade de construir um novo cemitério. Assim, em 1922 foi inaugurado o Cemitério do Redemptor, ou Redentor, como hoje é chamado, que possui sepulturas de famílias nobres e de ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial.
Cemitério de Colônia
Localizado no Bairro de Colônia, na região de Parelheiros, zona Sul de São Paulo, o Cemitério de Colônia é o único marco histórico deixado pelos primeiros imigrantes alemães no Estado de São Paulo, que chegaram ao local em 1829, a pouco mais de 180 Anos.
Com o objetivo de manter a memória desta imigração, a Acempro vem restaurando gradativamente este tradicional cemitério, que passou por obras de ampliação em 2001.
(Texto encaminhado por E-mail ao Ambiente JA, 15/07/2010)