Em 1998, foi criada a unidade de conservação de uso sustentável Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande, situada nos municípios de Glorinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha e Viamão. A APA possui 133.000 hectares e nela insere-se o conjunto de banhados formadores do Rio Gravataí: Banhado do Chico Lomã (Santo Antônio da Patrulha), Banhado dos Pachecos (Viamão) e Banhado Grande (Gravataí e Glorinha).
Agora, a área corre o risco de receber um empreendimento de alto risco e efetivo impacto, a extração de carvão a céu aberto. Pela proposta, s erão 34 anos de exploração do solo e do subsolo.A produção deverá ser vendida para Santa Catarina, onde essa atividade já foi realizada e, por isso, há um passivo ambiental enorme na região sul.
"A APA é extremamente sensível e saturada. Por mais avançadas que sejam as tecnologias e as condicionantes de licenças, os recursos hídricos e a biodiversidade provavelmente não suportarão tamanha intervenção", adverte o vereador Beto Moesch (PP). Para ele, a tentativa insistente e avançada de mineração no local é fruto da "inadmissível inexistência de um zoneamento econômico-ecológico em todas as regiões do Estado".
O parlamentar prossegue seu alerta, afirmando que a produção rural, o abastecimento de água e o todo o ecossistema poderão sofrer impactos irreversíveis. Ele lembra que o carvão, no subsolo, é um mineral inerte, mas em contato com o ar e as águas da chuva gera toxinas que poluem o ambiente. A demais, é uma matriz energética altamente poluente e geradora de chuvas ácidas e enxofre, além de gases de efeito estufa.
(Blog do Beto Moesch, 15/07/2010)